No desenrolar de uma operação denominada 'Tour', a Polícia Civil executou mandados de busca e apreensão domiciliar, além do sequestro de bens, na última sexta-feira (8). O alvo? Uma ex-funcionária de confiança de uma empresa de turismo, suspeita de uma série de crimes que resultaram em um prejuízo financeiro significativo estimado em R$100 mil.
De acordo com as autoridades policiais, a ex-funcionária, que mantinha uma relação de confiança com os proprietários da empresa, está sendo investigada por uma série de delitos graves, incluindo furto qualificado, estelionato e falsificação de documento público. As alegações contra ela são sérias: além de desviar fundos da empresa, teria também emitido bilhetes aéreos falsos, deixando os clientes em uma situação desfavorável, muitas vezes descobrindo a fraude apenas no momento do embarque.
O modus operandi da suspeita parece ser cuidadosamente calculado. Segundo informações da polícia, ela teria desviado pagamentos destinados à empresa, referentes à venda de passagens aéreas, para sua própria conta bancária, deixando a empresa no prejuízo. Mesmo quando os clientes pagavam diretamente à empresa, ela supostamente emitia bilhetes falsos, agravando ainda mais a situação financeira da empresa e prejudicando a reputação da mesma perante seus clientes.
Os investigadores descobriram um total de 43 irregularidades, das quais em apenas 10 a ex-funcionária teria se beneficiado diretamente. Os proprietários da empresa foram forçados a assumir o ônus financeiro desses erros, reembolsando os clientes afetados para garantir que pudessem embarcar conforme planejado.
A ação da Polícia Civil também levantou questões sobre possíveis cúmplices nos crimes. A investigação está em andamento, e uma vez concluída, o caso será encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as devidas providências legais.
O episódio serve como um alerta para as empresas sobre a importância de medidas rigorosas de controle interno e supervisão adequada de funcionários. A confiança é uma via de mão dupla, e casos como este ressaltam a necessidade de vigilância constante para proteger os interesses das empresas e de seus clientes.
