Danyella Arcanjo Lima de 26 anos foi flagrada pelas câmeras de segurança da CPP tirando das partes intimas um invólucro de 16 centímetros que continha 83 gramas de maconha que a mesma tentava entregar para o companheiro que está preso.
O Flagrante aconteceu no Domingo de Carnaval (03/03) no período da manhã durante o horário de visitas, e na ocasião, Danyella estava com uma de suas filhas no colo, e quando ela percebeu que o delegado Tiago Daniel de Moraes e a delegada responsável pela Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher e Especializada da Criança e do Adolescente Lívia Rafaela Almeida de Vasconcelos estavam presentes no prédio, a suspeita ficou muito inquieta abraçando a criança a todo instante, e no momento que um homem ficou entre ela e a técnica em defesa social que atendia os visitantes, a mesma se abaixou colocando sua filha na frente e puxou o invólucro de maconha que a mesma havia escondido em seu próprio corpo. No momento da retirada, uma mulher que também estava sentada na mesma longarina que Danyella, percebeu e virou o rosto para o outro lado, e na sequência passou para o outro canto da sala.
Após retirar a droga a acusada colocou dentro de uma pequena bolsa que ela trazia consigo, depois, em outro momento jogou o entorpecente entre a parede e a mesa da atendente que posteriormente percebeu o pacote que estava envolvido em um preservativo.
Danyella já estava sendo monitorada pelos técnicos em defesa social que já esperavam a tentativa dela, e no dia do flagrante, acionaram os delegados que efetuaram prisão. Diante das imagens da câmera da sala de entrada da CPP, Arcanjo confessou o crime.
Em entrevista, o delegado Tiago Daniel explicou toda a ação que culminou em mais um flagrante de tráfico na Casa de Prisão Provisória de Tocantinópolis. (Assista no vídeo abaixo)
O diretor da Cadeia Pública de Tocantinópolis, Vinícius Lima, destacou que todos os agentes prisionais estão preparados para identificar comportamentos suspeitos e que não realiza revista vexatória. “Nossas revistas pessoais não submetem o visitante a condições constrangedoras, como a nudez, nosso procedimento de revista segue o padrão estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e declaramos que estamos atentos a esse tipo de tentativa de entrada de objetos ilícitos nas nossas unidades”, ressaltou.
Prisão Domiciliar
Infelizmente, Danyella não ficou muito tempo atrás das grades, já que a lei brasileira concede em seu artigo 318, inciso III do CPP, o direito de mulheres como ela que tem filhos pequenos para cuidar, a possibilidade da substituição da prisão preventiva em prisão domiciliar, quando o agente for imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 06 (seis) anos, e no caso de Arcanjo não é diferente, haja visto que a acusada tem 04 filhos, sendo três meninas de 07, 02 e 01 ano e um menino de 05 anos de idade, e por esse motivo, o juiz plantonista Marcelo Eliseu Rostirolla concedeu prisão domiciliar a ela escrevendo o seguinte em sua decisão: "Embora este magistrado tenha posição firme quanto à necessidade da prisão preventiva do traficante para fins de manter a ordem pública, dado a periculosidade concreta do comerciante de drogas, que abastece uma cadeia de crimes e acaba por destruir, diuturnamente, o tecido social, via de conseqüência, diante das peculiaridades do caso, conforme consta dos autos, a flagrada é mãe de quatro crianças menores, 07 anos; 05 anos; 02 anos e 01 ano, o que faz presumir a necessidade de cuidados especiais, de modo que entendo que fica evidenciada a conveniência da conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar. Assim, recomendável a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas." Analisou o magistrado.
Essa não é a primeira vez que uma mulher é presa e solta pouco tempo depois de tentar passar drogas para dentro da CPP de Tocantinópolis. Em novembro de 2018, uma velha conhecida da polícia tocantinopolina de nome Rosilene Rodrigues da Silva de 25 anos, que no mundo do crime é conhecida pela alcunha de "Rola Bosta", também foi flagrada quando tentava passar um colchão recheado com drogas. Na época, Rosilene ficou menos de 24 horas presa por ter criança pequena em casa para "cuidar" dos seus modos.
Após ser solta, Rosilene Rola Bosta voltou a ser procurada pela polícia quando na data de 12 de Janeiro deste ano, foram presos em seu barraco localizado no Setor Sol Nascente em Tocantinópolis, dois dos três acusados de ceifar a vida do comerciante José Gonçalo de Sousa em um latrocínio que comoveu a cidade inteira. (Clique Aqui e Leia Matéria da Época)
