A economia dos estados Unidos parece estar a crescer de forma nunca antes vista, tendo o mercado imobiliário se recuperado da crise de 2008, os preços das casas subiram e encontram-se agora 12% acima do seu máximo de 2006.
Apesar destas noticias o preço de venda das casas começou a cair, há cerca de 6 meses. A atual guerra econômica dos EUA com Beijing também não parece estar a estimular a economia, não só deste país como de outros, como o Brasil.
É um dado constatado que a expansão econômica não pode continuar indeterminadamente, e onde é que se encontra esta bolha que vai determinar o próximo decrescimento económico? No setor imobiliário como da ultima vez? Nas empresas com dividas excessivas?
Certos indicadores mostram um diminuir do crescimento nos investimentos e manufatura da construção residencial, a questão é que se trata apenas de uma diminuição ligeira ou o início de um resvalamento.
Num artigo publicado este mês investigadores do Fundo Internacional Monetário, o mesmo afirma que tem dificuldade em prever uma recessão econômica antes de as mesmas ocorrerem ou se encontrarem prestes a ocorrer.
Mas é possível ver uma fraqueza que poderá desencadear o efeito bola de neve em crises ou eventos que ainda não foram vistos antes – desde a guerra econômica a uma crise de segurança digital – que levariam o caminho econômico para fora do seu caminho atual.
Os riscos do crescimento Econômico
No dia 28 de Novembro a Reserva Federal vai lançar o primeiro relatório sobre a estabilidade financeira dos Estados, que poderá trazer cima algumas destas questões. Existem três pontos de risco principais, sendo o primeiro os empréstimos das empresas.
A história revela que após picos nos empréstimos a empresas, ocorrem geralmente recessões inesperadas quando a bolha arrebenta. A empresas americanas em 2018 possuíam $ 29.6 trilhões em dividas, sendo que este valor se encontra apenas ligeiramente afastado do pico alcançado no ano de 2017.
O Segundo risco é o retorno da ideologia de comprar mais do que se pode pagar, e apesar dos bancos se terem tornados mais cuidadosos com os empréstimos para compra de casas após a crise, estas medidas que dificultavam os empréstimos foram lentamente levantadas. Um dos principais fatores de preocupação é que a media da relação entre rendimento e divida para pagamentos de imoveis esta no seu valor mais alto de sempre, sendo cerca de 22% do mercado imobiliário. Este valor aumentou devido ao aumento imobiliário ao mesmo tempo que os salários se mantiveram.
Os dados de desemprego encontram-se com a percentagem mais baixa desde há 50 anos, com 3,7% em Outubro deste ano, e este é o terceiro fator de preocupação. Esta preocupação deve-se ao simples fato de que se se tiver em conta a história como um modelo representativo, esta percentagem de desemprego não poderá ser mantida durante muito tempo. Sendo esta percentagem definida pelos economistas como o estado natural de desemprego, que é significativo da percentagem de pessoas que se encontra entre empregos ou sectores.
Ou seja, existem vários pontos de preocupação sobre quando vai ocorrer o arrebentar da próxima bolha a nível económico nos Estados Unidos.