O crime aconteceu na aldeia denominada Riachinho, distante 27km de Tocantinópolis, onde Claudiovan Anselmo Apinajé de 48 anos foi morto a golpes de objeto cortante e perfurante durante uma discussão com o próprio genro na noite do ultimo dia 23/04.
O suspeito de cometer o crime é Idelfonso Fernandes Sousa Apinajé de 28 anos, e segundo relato de testemunhas, o desentendimento entre genro e sogro teria iniciado depois que o acusado chegou na aldeia vindo da cidade com um carrinho de mão, no qual a vítima estaria acusando o suspeito de ter comprado o dito carrinho com o dinheiro da bolsa família que pertencia a Claudiovan.
Ainda segundo testemunhas, Claudiovan teria consumido bebida alcoólica tipo cachaça e quando já estava embriagado teria se deslocado até a casa de Idelfonso para tomar satisfação de onde este teria conseguido dinheiro para comprar o carrinho de 
mão. Os dois discutiram e chegaram a entrar nas vias de fato quando um outro indígena conhecido pela alcunha de "Negão", tentou separá-los e acabou ferido no peito por um golpe de faca, o também indígena Manoel Pep Kuet também entrou na contenda e ao agarrar Claudiovan por trás acabou caindo com este ao solo e cortou a cabeça.
A filha da vítima e esposa do acusado contou ao Delegado Vladimir Bezerra que está encarregado de investigar o crime que realmente a discussão teria começado por causa do carrinho de mão e que seu marido brigou por três vezes com seu pai e que na terceira briga seu genitor estava com as mãos no pescoço de Idelfonso quando ela gritou por socorro e o indígena conhecido por Negão os separou mais que a mesma não sabe quem desferiu o golpe no seu pai que foi a óbito.
Depois de ouvir as testemunhas o delegado Vladimir Bezerra passou a interrogar o acusado Idelfonso Fernandes Sousa Apinajé, que foi encontrado quando recebia atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que em sua defesa contou que havia comprado o carrinho de mão com o dinheiro fruto de seu trabalho e que ao chegar da cidade com o carrinho por volta de 
meio dia e ás 16 horas encontrou o sogro tomando cachaça com um amigo, e que em torno das 20 horas a vítima foi até sua casa lhe acusar de ter comprado o carrinho de mão com seu dinheiro, acusação esta que o mesmo negou, e que após isso Claudiovan foi em casa e voltou com uma faca na cintura e lhe desferiu um golpe na altura das costelas do lado direito, e quando tentou se defender levantando o braço recebeu um segundo golpe da faca no pulso esquerdo e que depois disso ele teria sucumbido ao chão, sendo socorrido pelo indígena Leandro e por sua esposa e que foi levado para a casa da mãe de Leandro negando ter sido o autor do crime e que também não sabe quem cometeu.
Diante dos fatos, o delegado Vladimir Bezerra optou por pedir a prisão preventiva de Idelfonso Fernandes por Homicídio qualificado por motivo fútil baseado no Artigo 121, § 2º.
O delegado explicou a nossa equipe de reportagem que houve uma certa dificuldade para conseguir trazer o corpo para o Instituto Médico Legal em Tocantinópolis para os procedimentos de praxe, porém, com a intervenção de um funcionário da Funai conseguiram que os familiares da vítima liberassem corpo depois de uma longa negociação.
