Mesmo com uma invasão avassaladora de entorpecentes na velha Boa Vista do Padre João, a Polícia Civil de Tocantinópolis tem se mostrado incansável, e vem a cada dia que passa prendendo mais e mais elementos que se iludem com o dinheiro fácil proveniente do comércio de drogas, e a polícia segue mostrando que mais cedo ou mais tarde, "A Casa Sempre Cai".
Na ultima segunda feira (04), aconteceu a maior apreensão de drogas já feita após a chegada do Delegado Regional Tiago Daniel de Moraes nesta regional, que mesmo sob criticas daqueles que temem suas ações, vem dando prejuízo em cima de prejuízo aos meliantes que se envolvem no mundo do crime comercializando entorpecentes.
Apenas quatro dias depois da grande apreensão, o delegado regional, juntamente com sua equipe dedicada de agentes, deflagraram no início da tarde desta ultima sexta-feira (08), a "Operação Dezembro Sem Natal", que culminou na prisão em 
flagrante de Natal de Jesus Alves de Sousa, de 54 anos, e Rocileia da Mata Nunes, vulgo "Léinha", de 29 anos, pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Segundo o delegado Tiago Daniel, as investigações iniciaram após a movimentação na casa de Natal estar fora do normal, e depois de alguns meses de investigação, o Delegado Regional representou pela busca e apreensão na casa do suspeito, que foi deferida pelo Juiz Criminal da comarca de Tocantinópolis, e, durante o cumprimento desta, Natal foi surpreendido com 06 
pedras de crack e Léinha com duas pedras, prontos para a comercialização. Na busca, os agentes da lei apreenderam na residência do casal, uma munição calibre 22, e mais de R$ 1.500,00 (Mil e quinhentos reais) em espécie, e uma moto supostamente adquirida com dinheiro fruto do tráfico de drogas.
Diante do flagrante, o casal foi encaminhado para a Delegacia Regional de Polícia onde negaram os fatos. Em entrevista concedida para o repórter do Portal Tocnoticias, Natal de Jesus relatou que a droga era e não era dele, pois o mesmo alega ter adquirido para saciar o vício de Léinha que é dependente do crack e como a suspeita costumava visitar sua casa para fazer programa, o entorpecente encontrado seria para o uso dela. "Essa droga que foi encontrada ela tava comigo, eu fui, comprei essa droga que é praquela menina usar, essa que tá mais eu aí, porque ela vem lá do Porto Franco pra cá para fazer programa mais eu sabe? Aí eu vou, pego e compro as coisas e guardo pra ela usar". Alegou Natal.
Ao ser perguntado sobre a origem da quantia em dinheiro que foi encontrada na residência o suspeito disse: "Esse dinheiro que foi encontrado eu tenho o recibo dele porque eu sou aposentado entendeu? Então eu tenho o recibo dele, tá tudo junto aí mesmo, meu cartão tá aí também sabe, eu tenho recibo". Justificou de Jesus.
Quando questionado sobre os papelotes já cortados prontos para embrulhar possivelmente drogas que foram encontrados em sua residência, Natal explicou que ele os comprava e os cortava porque ele mexe com essas coisas. "Isso é eu que compro os papel, só pra cortar, porque eu mexo com coisa, mexo com tarrafa, mexo com um bocado de coisa lá em casa". Explicou o acusado.
Indagado se ele estaria ou não traficando Natal respondeu: "Eu não trafico isso não rapaz, eu não preciso disso pra mim viver não, eu vivo com minha dignidade e meu trabalho e o que eu ganho da pra mim passar, não mexo com esse tipo de coisa não. Mexo assim porque eu compro pra menina que vai pra lá pra casa mais eu, e quando ela vai, pede pra mim comprar, e eu vou e ando de noite aí e encontro esses usuários por aí fumando aí eu vou e compro na mão deles só pra dar pra ela". Alegou Natal.
Assista a entrevista com o acusado na íntegra no vídeo abaixo:
Rocileia da Mata Nunes de 29 anos que também foi presa na operação, concedeu uma rápida entrevista, onde confirmou que realmente seria viciada em crack e que fazia programas sexuais pela droga.
A suspeita relatou que é viciada a cerca de 10 anos, e que já teria parado uma vez por seis anos mais acabou voltando novamente. Perguntada sobre os papelotes encontrados na casa com eles, ela respondeu que não sabia, pois não morava mais na casa. Rocileia disse que esta era a primeira vez que ela estava sendo presa por causa de drogas, mais que já tinha outra passagem pela delegacia por outro crime e que se relaciona sexualmente com Natal a bastante tempo confessando que já chegou morar com ele e que no momento da busca na residência, quando encontraram a droga ela estaria lá apenas para fazer um programa com o também acusado.
Interpelada se o programa era pago com drogas a suspeita disse: "Ele paga do jeito que a gente quiser". Finalizou Rocileia. (Assista a entrevista no vídeo abaixo)
Depois de ouvidos pelo delegado e feita a lavratura do auto de prisão em flagrante, Natal e Leinha foram conduzidos para a Cadeia Pública de Tocantinópolis, onde vão aguardar presos os o término das investigações.
Após o fechamento da ocorrência o delegado regional Tiago Daniel falou sobre mais esta prisão explicando como se deu a operação.
