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Violência Sexual é Tema de Palestra Ministrada Por Defensora Pública

Data do post: 27/06/2017 15:51:35 - Visualizações: (773)

Somente no ano de 2016, mais de 3 mil casos de violência sexual foram registrados no Tocantins, sendo que destes, 1.267 casos foram praticados contra menores de 14 anos. Os dados do Savis – Serviço de Atenção Especializada às Pessoas em Situação de Violência Sexual, da Secretaria Estadual de Saúde, são preocupantes, despertando na comunidade um alerta sobre a necessidade urgente de se combater a violência sexual. 

Defensoria Pública-TOCom intuito de capacitar profissionais que atuam com vítimas de violência sexual no Tocantins e reduzir tais índices, acontece nesta semana programação do Savis com palestras, oficinas e rodas de conversa com foco no tema da violência sexual.

A programação desta terça-feira, 27, contou com palestra da defensora pública Elydia Monteiro. Temas como a cultura do estupro, o julgamento da sociedade à vítima da violência sexual, o acolhimento e assistência estiveram em pauta. “Precisamos de uma mudança de cultura e consciência da sociedade para que possamos diminuir esses números. Estar com um short curto ou uma blusa decotada não é a razão. A mulher tem a sua liberdade e não devemos questioná-las sobre o seu comportamento, não importa o contexto, o importante é que a mulher não seja violada em nenhuma hipótese”, defendeu Elydia.

Para a Defensora Pública, inconscientemente a sociedade criminaliza a própria vítima. “A gente só vai mudar essa cultura conversando, acolhendo e não julgando. Há muita mulher que prefere continuar com o marido, mesmo sofrendo maus-tratos e violência, do que estar sozinha”, informou, acrescentando que há dados que revelam que 85% da sociedade acredita que a culpa é da vítima.

Proteção

Elydia Monteiro falou ainda sobre a atuação da rede de proteção à vítima de violência sexual. “A pessoa chega na rede com medo de ser julgada, pensa que é necessário uma série de justificativas e isso revitimiza a mulher. Temos de priorizar o acolhimento, que não é considerar a mulher uma coitadinha, mas saber que é direito dela ter aquele atendimento em qualquer instância desse serviço”, explicou.

A Defensora Pública falou ainda sobre a atuação da Instituição na defesa das mulheres, destacando o Coletivo de Mulheres, que atua com pautas como a importância da luta dos movimentos das mulheres e a necessidade de reconhecimento do protagonismo feminino em um contexto de afirmação de direitos e de igualdade de gênero na sociedade atual, ainda marcada pela influência da cultura machista.

Fonte: Defensoria Pública-TO