Olhos irritados, lacrimejantes, coceira, sensação de “areia nos olhos” e fotofobia (aversão à luz). Estes podem ser sintomas de uma doença contagiosa: o Tracoma, uma espécie de conjuntivite crônica que pode levar à cegueira.
Para prevenir a doença, a Secretaria Municipal de Saúde, através da Coordenação de Vigilância Epidemiológica e Atenção Básica realizaram na manhã da última segunda-feira (23), treinamento com os profissionais da saúde para o diagnóstico e prevenção da doença.
O objetivo da ação é conhecer a situação epidemiológica, bem como desenvolver ações para o tratamento e controle dos casos. Os profissionais da área da saúde atuarão nas escolas das zonas urbana e rural e nas aldeias para diagnosticar possíveis casos do tracoma em crianças do município.
Já no período da tarde do referido dia, a equipe de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde desenvolveram na Escola Municipal Prof. Antônio Farias, na Vila Matilde, os primeiros trabalhos de busca ativa visando o diagnóstico e prevenção do tracoma em mais de 60 alunos daquela instituição de ensino.
De acordo com coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Maria Vandecy Soares Ribeiro, o tracoma é uma doença que reflete as condições sanitárias e de higiene das populações com mais baixos indicadores de qualidade de vida. Deste modo, o plano para eliminação do tracoma inclui vários pontos estratégicos da cidade, por serem áreas de risco epidemiológico. “O tracoma é uma doença evitável que está vinculada aos hábitos de higiene. Dessa forma, nós temos grandes chances de eliminar ou pelo menos diminuir e muito a incidência desse problema de saúde pública no município”, afirmou.
O que é o Tracoma?
É uma inflamação crônica da conjuntiva e da córnea causada pela Chalamyla trachomatis. A infecção ativa afeta principalmente pré-escolares e escolares e comunidades indígenas. Nos períodos iniciais, o tracoma aparece em forma de conjuntivite folicular, com hipertrofia (aumento) papilar e infiltração inflamatória na conjuntiva tarsal superior.
A doença pode evoluir com o aparecimento de cicatrizes na conjuntiva e em casos mais severos, as cicatrizes confluem, podendo deformar a pálpebra, produzindo triquíase (eversão dos cílios) e entrópio (eversão das pálpebras). Estas lesões produzem mecanicamente abrasões corneanas, podendo levar a perda da visão.
A ação foi desenvolvida pela coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Maria Vandecy Soares Ribeiro e pelas enfermeiras, Gilmara Cruz e Silva Lacerda e Karem Lima Sousa, tendo a participação especial do médico do Polo Indígena de Tocantinópolis, Angel R. Lemes Dquez, dentre outros profissionais.
