Tocantinópolis - TO
TOCNOTÍCIAS Vocês Fazem a Notícia, Nós Apenas Divulgamos!
Siga-nos
Facebook Youtube Twitter
Linha

Polícia Civil de Tocantinópolis Prende Verdadeira Assassina da Indígena Morta na Aldeia Cipozal

Data do post: 28/01/2015 14:28:42 - Visualizações: (6421)

Uma verdadeira reviravolta aconteceu nas investigações sobre a morte da indígena Brandina Panhkhé Carvalho Apinagé, morta com um golpe de faca no peito que ainda feriu sua filha de 7 meses que estava no seu colo.

foto DivulgaçãoQuando se imaginava que o autor do homicídio seria José Patrício Dias, marido da vítima que foi preso pela Polícia Militar no mesmo dia do crime, uma reviravolta nas investigações fez com que a polícia civil chegasse a verdadeira acusada que confessou o crime. Trata-se de Noracy Ribeiro, de 41 anos que após ser presa em uma casa no povoado Ribeirão Grande Pedro Bento, confessou o crime, contando que tudo aconteceu por causa da quantia de R$ 60,00 (Sessenta reais), que havia sumido do seu bolso no fatídico dia.

Segundo as investigações, Noracy Ribeiro e seu esposo José Soares da Silva ingeriam bebida alcoólica (Cachaça), juntamente com Brandina "a vítima", e seu companheiro que até então estava preso, José Patrício, quando ao irem tomar banho no ribeirão, Noracy sentiu falta da quantia de R$ 60,00 de seu bolso, e que a princípio a mesma imaginava que teria sido seu marido José Soares que havia pego o dinheiro, porém, segundo depoimento da acusada, mais tarde Brandina apareceu em sua casa onde juntas tomaram cachaça e depois disso, Brandina teria confessado que tinha sido ela que pegou a quantia que estava faltando no bolso de Noracy, e que a vítima disse-lhe que não iria lhe devolver, momento este que tomada de ódio, Noracy pegou uma faca e deu o golpe fatal no peito de Brandina, sendo que a facada ainda acertou a filha pequena da vítima, lhe arrancando o dedo. A acusada contou ainda ao delegado Dr. Tiago Daniel de Moraes que Brandina teria dado apenas um grito caindo ao chão, e que após ter cometido o crime saiu correndo para o mato com a faca em punho.

Imagem do Site www.tocnoticias.com.brCom a chegada da polícia militar o casal contou a estória fictícia de que teriam levado uma paulada na cabeça e por isso saíram correndo do local do crime, acusando o esposo de Brandina José Patrício, que estava bêbado caído ao chão de ter cometido o crime.

A acusada relatou ainda que quem arquitetou a estória foi seu companheiro e que no outro dia Noracy jogou a faca na beira da estrada, quando já estava saindo da aldeia vindo a ficar no povoado Ribeirão Grande até a data desta terça feira (27), quando foram presos.

A polícia chegou a verdadeira história, por causa da própria filha da acusada que mesmo sendo ameaçada pela mãe, contou a um cacique Apinajé, a verdadeira história de que teria sua genitora que havia aplicado o golpe que tirou a vida de Brandina. A filha de Noracy de apenas 08 anos, presenciou Imagem do Site www.tocnoticias.com.brtodo o acontecido, tendo ela mesma socorrido o bebê que teve o dedo cortado, e no dia do crime, quando as outros indígenas chegaram no local encontraram a filha da acusada segurando o bebê todo ensanguentado e chorando.

Diante dos fatos, o Delegado responsável pelo caso, Dr. Tiago Daniel, pediu a prisão preventiva de Noracy Ribeiro pelo crime de homicídio qualificado e lesão corporal grave, e de seu companheiro José Soares da Silva por falso testemunho e por ter jogado a responsabilidade do crime a José Patrício que até então estava preso na cadeia pública de Tocantinópolis e durante seu interrogatório na delegacia no dia do crime, não sabia responder se havia sido ele que teria matado a esposa por estar muito embriagado, sendo solto nesta mesma terça feira (27), após a apuração dos fatos.

Imagem do Site www.tocnoticias.com.brO pedido de prisão preventiva de trinta dias para o casal Noracy e José Soares foi acatado pelo Juiz de Direito em Substituição Automática Dr. Helder Carvalho Lisboa que em sua justificativa descreveu: "A versão dos fatos noticiados por Noracy e José Soares trilha uma linha de acontecimentos engendrados de tal forma que foi capaz de ludibriar até mesmo o mais diligente delegado de polícia deste juízo, situação reforçada pelo depoimento dos policiais militares que compareceram na ocasião do crime".  

A prisão do casal, expôs uma situação meio controversa que já vem há vários dias repercutindo na cidade, que é a falta de um local apropriado para abrigar pessoas com deficiências, seja elas mentais ou físicas, já que o marido da assassina confessa, José Soares da Silva era quem tomava de conta de um jovem de 27 anos que é seu neto, que tem bastante deficiência física de nome Carlos André da Silva Sousa de 27 anos, que ficou na casa no povoado Ribeirão Grande, praticamente abandonado, sendo que está sendo cuidado por um idoso que tem problemas de audição, sem que este tenha condições de tomar de conta do deficiente.

Fonte: Roberlan Cokim/Redação do Tocnoticias