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Médicos Vão à Polícia Denunciar a Falta de Plantonistas no Hospital Geral de Palmas

Data do post: 21/07/2014 23:54:32 - Visualizações: (883)

Nos últimos dias eles protestaram contra a falta de pagamento de plantões. Sindicato de enfermagem reivindica contratação de mais profissionais.

(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)  No final do plantão do ultimo domingo (20), os médicos que trabalham no Hospital Geral de Palmas (HGP) foram até a delegacia denunciar a falta de plantonistas. O problema é que eles fazem o trabalho, mas faltam profissionais para dar continuidade aos plantões. "Pensei que eu nunca iria passar por isso. Já foi discutido em época de faculdade sobre a questão de ter que sair do plantão e não ter ninguém para substituir, mas eu nunca achei que iria passar por isso", comentou o médico Hugo Magalhães.

Alguns médicos foram até a delegacia, mas não conseguiram registrar o boletim de ocorrência. "A polícia disse que não tem como eu fazer uma denúncia de alguma coisa que não aconteceu. Se alguém tivesse morrido ou se tivesse tido falta de atendimento, eles iriam abrir um Boletim de Ocorrência contra nós mesmos. Mas a gente não pode abrir um B.O. para nos resguardar e fazer a denúncia, eu não entendi o porquê", reclamou Magalhães.

Nos últimos dias, profissionais da saúde fizeram protestos contra a falta de pagamento de plantões-extras. Após uma reunião, na última sexta-feira (18), o Estado prometeu pagar os plantões atrasados. O Sindicato de Enfermagem do Tocantins reivindica outra demanda, a realização de concurso público. "O sindicato está propondo uma quantidade de 3,5 mil técnicos e mil enfermeiros para que se possa resolver estas eventualidades de plantões extras. Faltam funcionários, eles são obrigados a realizar o plantão extra e o governo, de quatro meses, pagou um mês", explicou o presidente do sindicato Claudean Pereira.

A Secretaria de Saúde do Tocantins (Sesau) informou que a troca do plantão do médico Hugo Magalhães seria feita por um médico em escala de plantão extra, mas como este plantão é facultativo ao servidor, o médico não apareceu para trabalhar. De acordo com a Sesau nenhum paciente deixou de ser atendido. A secretaria ainda informou que vai reunir com os diretores técnicos do HGP para rever as escalas.

Fonte: G1/TO