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A Vez dos Apinajés

Data do post: 23/04/2014 18:46:30 - Visualizações: (2621)

A esperança nos mostra caminhos alternativos que nos levam ao objetivo, ou, ás vezes, a lugar nenhum.

Imagem do site www.tocnoticias.com.br        Há mais de quatro décadas o desejo dos povos de Tocantinópolis voa-borboletando as cabeças inteligentes e sadias, de quem esteve sempre nas gestões privadas e públicas do nosso querido e amado Estado de Goiás-ontem-e fez morada no Estado do Tocantins-hoje, dando a conhecer aquilo que necessitam.

             O objetivo da esperança dos tocantinopolinos é o asfaltamento da TO-126, TRECHO Tocantinópolis a Itaguatins: Sonhado, esperado e nunca realizado. A impaciência e a indignação dessa gente que habita os extremos e as margens da Rodovia extrapolam os limites da esperança, por não verem as promessas de palanques cumpridas. Começa mandato e termina mandato; entra governo e sai Governo; mas não começam, para terminar, a pavimentação da TO-126. Tudo que tem começo terá fim. Nada é eterno - sem falar na Força Criadora. Mas nem sequer começam a obra, para o povo sofrido verem a realização do seu sonho.

Imagem do site www.tocnoticias.com.br            De principio, alegava-se o consentimento indígena-FUNAI! Depois, alegou-se o impacto ambiental-IBAMA! Para tudo isso não dizer - falta a boa vontade dos governantes.

            Agora é a vez dos APINAJÉS!

            A natureza tem seus encantos, também tem seus sortilégios - sedução exercida por dotes naturais ou por exercícios. Não sabemos qual espírito selvagem baixou na TABA APINAJÉ, trazendo fluídos de dotes que casaram com o exercício do índio. Os Apinajés se sublevaram e rebelaram contra a inação dos órgãos competentes, responsáveis pela pavimentação da Rodovia. O índio é aculturado: Ele sofre influencia recíproca de elementos culturais. Por isso, tem seu rito, sua magia e sua vontade própria. Vive no seu universo, com respeito às leis naturais, e obediente ao seu chefe-cacique.

Imagem do site www.tocnoticias.com.br            Reputei este manifesto democrático sendo a pedra fundamental da história pró-pavimentação da TO-126, até então projetada apenas nos discursos demagogos e enganosos, de quatro em quatro anos.

            Nunca se fez um movimento, com tamanha objetividade, neste sentido. Acreditei na iniciativa do Edésio Barroso - O GUERREIRO, encabeçando o movimento, seguido por centenas de manifestantes e em particular, pelos índios Apinajés. Montaram barreira no Povoado Folha Grossa e na divisa da reserva indígena, sentido Tocantinópolis a Maurilândia do Tocantins. A mal arrumada estrada ficou interditada, impedindo a passagem de todos e de tudo, em ambos os sentidos; doeu na economia comercial de quem usa a bendita Rodovia. O movimento, que durou nove dias, recebeu donativos alimentares de voluntários moradores na cidade, e de demais ativistas simpatizantes. Este gesto popular é um caminho alternativo rumo ao objetivo.

            A manifestação foi prato cheio para a mídia política estadual e municipal, e, em especial, para os manifestantes e para os adeptos ao movimento. Alguns intrusos - da vergonhosa política - querendo tirar proveito para interesse próprio.

            Chegou a sensibilizar o líder político - não poderia ser diferente - deputado José Bonifácio. Este tornou-se o elo de ligação entre o movimento e os órgãos governamentais e de alçada. Até porquê o governador em exercício, deputado Sandoval e Secretários de Estado se fizeram presentes ao movimento, in loco, no sábado de carnaval.

Imagem do site www.tocnoticias.com.br            O movimento foi pacífico sem nenhum registro de violência. O que deixou o povo meio preocupado foi a ameaça de incendiar a torre de energia elétrica - que ainda poderá acontecer - na reserva indígena, isso por parte dos nativos. Até porquê, a falta de energia iria contrariar os foliões do carnaval. A festa de maior popularidade brasileira. O carnaval é o padroeiro maior do Brasil. Ele é eclético, formado por elementos colhidos em diferentes gêneros, opiniões e classes sociais. A ele se congregam todas as criaturas humanas, para comungarem os quatro dias de folia, de maneira mais descontraída. Foi para surpresa minha, uma das noites carnavalescas, a presença do grupo jovem eclesiástico, fantasiado à moda, no sambódromo-gramado, levando sua mensagem de paz e de alegria, com chuva e tudo, ao Criador.

            Este ano de (2.014) é político. Esperamos que diante o empenho incondicional do deputado José Bonifácio, e de demais lideranças a fins, os órgãos competentes não encontrem outro meio de nos enganar, com mais promessas.

 

Fonte: Por Aldenor Alves Bandeira