Em evento que aconteceu na ultima quinta feira (28), o Governador esteve no povoado Folha Grossa, onde as máquinas da Construtora MVL estão estacionadas para dar o pontapé inicial da obra de pavimentação.
Marcelo Miranda ainda chegou a dar uma "voltinha", em uma das máquinas o que simbolizava oficialmente o começo dos trabalhos de terraplenagem dos 07km previstos para esta primeira etapa.
Na ocasião, o Governador nos concedeu uma entrevista exclusiva onde falou do futuro dessa rodovia, depois desse inicio de obras tão esperado e tão difícil.
Tocnoticias: Governador, nós sabemos que o senhor pegou um Estado sucateado isso não é segredo de ninguém, com duas trocas de governadores em um mandato só, e com todos os problemas o senhor está conseguindo fazer uma frente de trabalho aqui na cidade de Tocantinópolis, no qual é uma luta muito antiga dos indígenas e também dos moradores dos Povoados Folha Grossa e Ribeirão Grande. O senhor acha que terminando essa primeira fase da obra até a terra indígena apinagé, o senhor conseguirá as licenças ambientais pra fazer o trajeto todo.
Marcelo Miranda: Você lembrou muito bem, na época, foi no ano passado que nós falamos e nós tínhamos intenção realmente de não só caminhar pelo Estado como caminhamos, de conseguir obter essa vitória, uma vitória muito democrática onde nós discutimos com a sociedade.
Eu confesso a você depois do dia primeiro, e eu quero dizer até antes do dia 1º, de um trabalho árduo da equipe de transição, muita coisa nós não conhecíamos, entramos no dia primeiro com uma situação adversa, sem orçamento, passamos a conhecer mais a realidade do Estado e infelizmente o saldo era altamente negativo. Ficamos praticamente seis a sete meses trabalhando diuturnamente, tanto eu como a vice governadora, a equipe em um todo trabalhando para que a gente pudesse começar a sanear essas demandas. Quando nós saímos do palácio para voltar ao interior, sabíamos nós que enfrentaríamos algumas solicitações, demandas da sociedade, é justo, mas o que mais nos engrandece é quando você chega em um município e reencontra companheiros que querem discutir políticas alternativas para o seu município, para a sua região, e o bico do papagaio tem as suas adversidades, mais também tem um povo ordeiro, há pessoas que querem participar do desenvolvimento, eu estou muito feliz porque aqui eu reencontrei bons companheiros e com vontade de trabalhar, agora no que tange Tocantinópolis, todo mundo sabe que eu tenho um apreço porque desde o inicio da minha vida pública, todos conhecem minha trajetória política aqui nessa região e quando eu decidi começar pela Região Norte foi justamente por entender que Tocantinópolis podia dar o pontapé inicial juntamente com essa região e aproveitamos com muita dificuldade e tivemos que conversar com a empresa responsável pelo contrato dessa rodovia aí, realmente a empresa entendeu o momento, vamos retomar a obra agora. Agora você me pergunta da continuidade até Maurilandia, é mais uma briga, briga num bom sentido, tem a questão indígena, questão ambiental, nós já discutimos e rediscutimos isso na Funai, no meu Governo, nos meus Governos anteriores, sempre a Funai põe empecilhos, inclusive eu tenho certeza que querem, desejam que a rodovia seja pavimentada, mais tem essas demandas e eu mais uma vez vou continuar lutando junto ao Governo Federal, isso eu me lembro bem, conversamos com o presidente Lula naquela época e não foi resolvido, mais eu tenho certeza que isso vai acabar porque nós não podemos parar o desenvolvimento por questão de quarenta quilômetros, cinquenta quilômetros por causa de uma área indígena. Respeitamos os nossos irmãos indígenas, mais eu quero dizer que não tem uma rodovia do porte dessa rodovia aqui, nós temos que realmente lutar para que ela seja pavimentada.
Tocnoticias: Governador, sobre a crise no Brasil em geral, o senhor acha que mesmo com as previsões negativas para o ano que vem o Tocantins consegue se sobressair?
Marcelo Miranda: Eu acredito que sim, eu acho que crise se debela com trabalho, nós temos procurado nesses oito meses fazer a nossa parte, temos dificuldades, temos muitas porque nós pegamos o Estado, eu não quero aqui olhar pelo retrovisor, nós pegamos e Estado em situação difícil, folha com pagamentos atrasados, quitamos a folha. Só pra você ter uma ideia, só de ter quitado o mês de dezembro nos dificultou, caminharmos e na certeza que vamos manter os nossos pagamentos em dia, mas nós queremos manter, temos procurado manter, então eu acredito que essa crise é uma crise política, que ela é passageira, ela não e econômica ela e crise política, resolvendo a crise política resolve a crise econômica, então eu acho que nós temos que estar preparados, unidos todos, você pode ver que aqui hoje estão praticamente os poderes constituídos, nós realmente fizemos um pacto de governabilidade, nós entendemos a importância de estarmos juntos, todos as instituições, porque isso? porque nós sabemos que todos os setores tem dificuldade, então eu acredito no Brasil, que é possível mudar. Eu tenho certeza que a presidente da republica é acessível a isso, está procurando se ater a todas essas questões relativas a economia do país e consequentemente vamos ganhar também nós, governadores. Eu fico muito feliz, estou muito satisfeito, eu quero agradecer aqui Tocantinópolis na pessoa do prefeito Fabion, deputado Bonifacio, os vereadores, as lideranças aqui presentes para que a gente possa realmente voltar a ver esse estado crescer.
Assista a entrevista na íntegra no vídeo abaixo:
