Eles dizem que entregaram carros, mas não receberam dinheiro, em Goiânia. Polícia investiga o caso e diz que suspeito pode responder por estelionato.
A Polícia Civil investiga o dono de uma revendedora de veículos por suspeita de estelionato, em Goiânia. De acordo com clientes que o denunciaram, o empresário entrava em contato, a partir de anúncios sobre venda de carros em jornais, e dizia que tinha um comprador interessado. Com isso, os proprietários entregavam os veículos, mas não recebiam o dinheiro.
A empresária Maíra Souza Guimarães diz que foi vítima do golpe. Ela entregou o veículo ao suspeito há mais de dez dias, mas ainda não recebeu o valor pela venda. “E aí se eles sumirem com o meu carro daqui, como vou ficar?”, questionou.
Já a vendedora Tatiana Lucena afirma que ficou em uma situação ainda pior. “Eu deixei o meu carro aqui há uns três meses. Foi ele quem me ligou [suspeito], vendeu meu carro, sumiu com documento, com tudo, e depois disso nunca mais o vi”.
A reportagem tentou contato com o dono da revendedora de veículos, mas ele não foi localizado para comentar o assunto.
Na tarde de quinta feira (30), alguns clientes foram até o estabelecimento e encontraram as portas fechadas. Eles conseguiram contato por telefone com o advogado que representa a revenda. Ele prometeu entregar os veículos até o fim do dia, mas não apareceu e não atendeu mais às ligações.
Revoltados com a situação, os clientes contrataram um chaveiro e abriram o portão. Quem encontrou seu carro no local, levou embora. Mas nem todos tiveram a mesma sorte. “Eu tinha um carro aqui e foi vendido por R$ 28,5 mil. Mas ele sumiu e não recebi o dinheiro”, afirmou o empresário Celso Massaou.
O delegado Webert Leonardo Lopes, responsável pelo caso na Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor, diz que, se ficar comprovado que o empresário dava golpes, ele poderá responder pelo crime de estelionato. “Talvez teremos que fazer uma busca e apreensão desses veículos e pedir uma medida cautelar de prisão preventiva do investigado. Isso, caso não haja nos autos a prova de boa fé em relação a essas vítimas”, explicou.
