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Filhotes De Jaguatirica Recebem Microchips e São Destinados a Criadouros

Data do post: 28/01/2022 19:57:49   Imprimir  -  Compartilhar

NaturatinsFelinos receberam identificação que é importante para o monitoramento dos animais e a observação de sua reabilitação.

Dois filhotes de jaguatirica receberam microchips no Centro da Fauna (Cefau) administrados pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). Os microchips auxiliam na identificação dos animais tanto para a vida livre quanto para destinação a cativeiros, criadouros conservacionistas e zoológicos já que fornecem todo o histórico do animal.

Nesta sexta-feira, 28, os filhotes de jaguatirica foram destinados a um criadouro conservacionista. Na quarta-feira, 26, os felinos receberam a identificação que se faz importante para que a equipe do Cefau acompanhe o desenvolvimento e possa realizar vistorias nos locais para onde foram destinados a fim de averiguar o bem-estar dos animais e o funcionamento do local onde vivem.

Conforme o zootecnista e coordenador do Cefau, Daniel Albernaz, o Centro tem a finalidade de receber, identificar, triar, recuperar e destinar animais silvestres provenientes de ação de fiscalização, resgate ou de entrega voluntária. “Assim, todos os animais que passam pelo Cefau recebem um registro e uma identificação, para aves são as anilhas - pequenos anéis -, já os mamíferos e os répteis recebem o microchip”, informou o coordenador. “Caso sejam encontrados em óbito, ou em situação de recaptura, a marcação poderá ser muito útil para o rastreio desses animais desde a soltura até o local e o momento onde e quando ele pôde ser visualizado em óbito ou recapturado”, completou, ao destacar que o mais importante da identificação é ter a oportunidade de monitorar esses animais e observar sua reabilitação em vida livre. Há ainda fatores como alimentação, reprodução e território, indicadores que só são possíveis por meio dessa técnica.

Criadouros conservacionistas

Criadouros conservacionistas são áreas delimitadas e preparadas, capazes de abrigar e permitir a criação de espécies da fauna silvestre brasileira. Tais locais devem ter assistência de profissionais como biólogo(a) ou veterinário(a).

“Esses filhotes têm características humanizadas, provavelmente demoraria mais para reintroduzi-los à natureza. A intenção de destinar a um criatório conservacionista é poder preservar essa espécie”, detalhou o médico veterinário do Cefau, Gabriel Rocha.

Histórico

Um dos filhotes foi resgatado pela equipe do Naturatins no dia 9 de janeiro deste ano. O resgate aconteceu às margens da rodovia entre Arapoema e Pau D'Arco, na região norte do Tocantins. A filhote fêmea foi entregue ao Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA).

Jaguatirica

 

A jaguatirica é um dos felinos mais bem estudados e amplamente distribuídos. Estão presentes em quase toda a América Latina. Em países como os Estados Unidos, a espécie foi praticamente extinta.

De nome científico Leopardus pardalis, vivem em florestas, campos, savanas e regiões alagadas. Possuem hábitos solitários com atividade predominantemente noturna. Durante o dia, dormem em ocos de árvores ou em arbustos. Possuem habilidades para subir em árvores, saltar e nadar.

Alimentam-se principalmente de pequenos e médios vertebrados, incluindo os grandes roedores - cutias e pacas -, macacos, preguiças, pequenos roedores e marsupiais - ordem de mamíferos que compreende, entre outros, os gambás, cuícas e cangurus -, aves e répteis.

Também conhecidas pelos nomes de gato-maracajá-verdadeiro e maracajá-açu, as jaguatiricas têm entre as principais ameaças a destruição de habitat, exploração madeireira e a caça.

Fonte: Naturatins

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