Na manhã desta quarta-feira, 14, a Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por meio da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Deic) Paraíso do Tocantins, deflagrou a operação Fauda, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico estadual de drogas. A ação ocorreu simultaneamente em Paraíso do Tocantins, Monte do Carmo, Porto Nacional e Palmas, onde foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dez mandados de prisão.
A operação resultou no cumprimento de oito mandados de prisão preventiva, além de três autos de prisão em flagrante. Os envolvidos foram presos pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, posse de arma de fogo, tráfico de drogas, lavagem de capitais e integração em organização criminosa. Essa ação é uma resposta efetiva ao combate ao narcotráfico no Tocantins, que visa reduzir a atuação do crime organizado no Estado e, consequentemente, diminuir a prática de outros delitos relacionados.
Durante a operação, um dos alvos localizado na zona rural de Monte do Carmo foi especialmente importante. A Polícia Civil apreendeu cerca de 100 kg de entorpecentes, aproximadamente 50 kg de compostos químicos, prensa hidráulica para refinamento de cocaína, balanças de precisão e máscaras usadas no laboratório de drogas. Em outras localidades, foram confiscados cerca de R$ 17 mil em espécie, máquinas de cartão de crédito, armas de fogo, munições, três automóveis e duas motocicletas.
A operação Fauda tem como objetivo atingir o núcleo de um dos principais fornecedores de entorpecentes do Tocantins, responsável por abastecer uma grande área do Estado. Através das investigações conduzidas pela 6ª Deic, foi possível identificar um grupo que atuava na distribuição de drogas em Paraíso do Tocantins, com apoio de indivíduos da cidade de Porto Nacional. Além disso, constatou-se que esses mesmos integrantes adquiriam entorpecentes de estados fronteiriços e realizavam seu transporte até o Tocantins, envolvendo outros participantes nas etapas de armazenamento, depósito, refino e distribuição. Os traficantes locais revendiam as drogas para outras cidades do Tocantins, utilizando contas bancárias de laranjas para receber valores provenientes do tráfico. A investigação também identificou a existência de empresas fantasmas e de fachada que eram utilizadas para movimentar o dinheiro do tráfico, conferindo-lhe aparência de legalidade.
A operação Fauda, realizada pela Polícia Civil do Tocantins, foi uma resposta contundente no combate ao tráfico de drogas no estado. Com a desarticulação dessa organização criminosa especializada, que abastecia uma grande área do Tocantins, a polícia conseguiu interromper um fluxo significativo de entorpecentes e desestabilizar as estruturas do crime organizado.
A apreensão de uma quantidade expressiva de drogas, compostos químicos, equipamentos de refinamento e distribuição, bem como a descoberta de dinheiro em espécie, armas de fogo, veículos e empresas de fachada, evidencia a dimensão e a complexidade das atividades ilícitas dessa quadrilha. Além disso, a identificação de conexões com outros estados da região reforça a importância de operações conjuntas e de troca de informações entre as forças policiais.
O impacto dessa operação vai além da interrupção do tráfico de drogas. Através das prisões efetuadas e das provas coletadas, a polícia tem a oportunidade de desmantelar uma rede criminosa que também estava envolvida em crimes como lavagem de capitais e integração em organização criminosa. Dessa forma, a operação Fauda contribui não apenas para a redução do tráfico de drogas, mas também para a desarticulação de outras atividades ilegais associadas.
O trabalho incansável das equipes da Polícia Civil do Tocantins, em conjunto com outras divisões especializadas, resultou em um resultado significativo para a segurança pública. A atuação determinada do delegado Antonio Onofre e de todos os envolvidos na operação merece reconhecimento pela sua eficácia e pelo compromisso em proteger a sociedade tocantinense.
A operação Fauda, cujo nome significa "caos" em árabe, cumpriu seu propósito de desestabilizar as estruturas do crime organizado, especialmente no tráfico de drogas. Com isso, a expectativa é que haja uma diminuição dos índices de criminalidade relacionados a essa atividade e um impacto positivo na segurança pública como um todo.
A sociedade do Tocantins pode se sentir mais protegida com essa operação, sabendo que a polícia está atuando de forma incansável para desarticular organizações criminosas e garantir a paz e a ordem no estado. É um passo importante rumo a um ambiente mais seguro e livre da influência nociva do tráfico de drogas.
